quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Diário de Viagem a Nova York: a chegada

A viagem começou no dia 09 de setembro de 2007, quando parti do Rio de Janeiro, às 18h30 (um pequeno atraso). Fiz uma conexão em São Paulo, mudando de avião, e em seguida embarquei para NY, também com pequeno atraso. A viagem foi cansativa, pois eu estava numa poltrona no meio da classe econômica, e um bebê de uns dois anos chorou por horas a fio. Assisti a dois filmes, bati papo com um simpático vizinho, engenheiro de processos de Sertãozinho/SP, li o The New York Times (onde soube, aliás, que um criança de 9 anos tinha sido atingida na cabeça por uma bala perdida!), dormi um pouco, morri de frio e cheguei, às 6h15, no destino (estava previsto para as 6h). Cansado, ainda enfrentei a fila dos imigrantes, imensa, e fui aceito sem delongas por uma agente federal inesperadamente simpática. Eu estava preocupado com meu inglês, mas deu para o gasto.

O aeroporto JFK me decepcionou. Eu esperava uma torre de babel com hordas de latinos e chineses batendo cabeça, mas ele estava vazio e é pequeno – lembra nossa rodoviária Novo Rio, um pouco menor. A primeira providência foi tomar o famoso táxi amarelo. Praticamente não troquei palavra com o motorista da República Dominicana. E quando troquei, me arrependi, pois ele achou, por conta do “Gonzalez”, que eu era mais um latino tentando a vida, e passou a falar comigo em espanhol, que (infelizmente) não falo. Percebi que ele fala mal o inglês, ficou tentando descobrir aonde era o prédio “Ashley, Emiliy”, que na verdade, tentei explicar-lhe em vão, é a pessoa do NYBG com quem vou trabalhar.

Levamos cerca de uma hora do aeroporto, que fica no Queens, até o Bronx, onde fica o NYBG. Além de cruzar de sul a norte a cidade, era a hora do rush. A estrada que liga os dois pontos parece um rodoanel paulista, com a diferença de que não há carros pequenos – unos, corsas, fuscas – todos os carros são enormes – toyotas, fords, furgões chiques e limusines – e são guiados por brancos, negros ou asiáticos em igual proporção. Chamam atenção os bairros residenciais que margeiam a highway, formados por casas simples e etnias de baixa renda, mas estão longe de parecerem as favelas cariocas: a arquitetura é bem americana e linda, bay-windows e alpendres incrustados ao estilo das casas de madeira destruídas pelo furacão Catrina em Nova Orleans. A viagem me custou U$ 75, incluindo-se aí os 15% de tip (gorjeta). O NYBG vai me reembolsar, felizmente.

3 comentários:

Claudia Tojek disse...

Jon falou pra nao usar taxi so metro.

Marcos Gonzalez disse...

Oi, Claudia e Jon. Sim, eu sei, mas estava chegando, cheio de malas e cansado, foi por isso. O táxi é caro, e os motoristas mau-hmorados...
Beijos

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.