quarta-feira, 3 de outubro de 2007

New York Film Festival

O 45º festival de cinema de NY começou dia 28 de setembro, com direito a festa de gala e engarrafamento de limusines, e eu estava lá. Fui só para bisbilhotar e ver se descolava um canapé, pois o ingresso para a noite de abertura, com apresentação do filme The Darjeeling Limited, era 40 dólares, e eu estava meio sem tempo. De qualquer forma valeu a pena. Postado junto ao corredor por onde desfilaram as celebridades da noite, tive meu momento paparazzi, me acotovelando com outros 40 colegas pela melhor foto de gente como Adrien Brody (King Kong, O Pianista), ator do filme de abertura. Não sei quanto anos ele tem, senão colocava aqui, entre vírgulas.

O festival ocorre em diversas salas em torno do Lincoln Center, um complexo de prédios deslumbrantes (lembram Brasília, e são da mesma época) que abriga o Metropolitan Opera House e o NYC Balet, entre outros. Da programação, estou de olho nos últimos filmes dos irmãos Coen (No Country for Old Men), Abel Ferrara (Go Go Tales), Claude Chabrol (A Girl Cut in Two), Brian de Palma (Redacted, sobre a guerra do Iraque), um filme russo de 2007 chamado Alexandra, sobre a guerra da Chechênia, e a nova versão de Blade Runner (com corte do diretor Ridley Scott). Mas pode ser que não veja nada disso e simplesmente entre no primeiro que tiver vaga. Um, em especial, me interessa bastante: Fados, do Carlos Saura, que apresenta um vasto panorama deste estilo musical, desde as formas mais tradicionais às suas variações mais modernas, e conta com a participação de alguns dos principais cantores portugueses, além dos nossos Chico Buarque e Caetano Veloso.

Está também no festival a obra completa de Joaquim Pedro de Andrade: O Mestre de Apicucos (1959), Garrinha, Alegria do Povo (1962), O Padre e a Moça (1965), Brasília, Contradições de uma Cidade Nova (1967), Macunaíma (1969), Os Inconfidentes (1972), Guerra Conjugal (1975), O Homem do Pau Brasil (1982), além de outros sete curtas-metragens. Joaquim Pedro é descrito como uma figura chave do Cinema Novo que não se desviou de seus princípios estéticos até sua o fim de sua lamentavelmente curta carreira. Fosse interpretando, criticando ou enaltecendo a cultura brasileira, o diretor “fazia uso de uma luz vibrante e cores vigorosas, extraindo as melhores atuações de grandes atores do país”.

Há um evento que eu gostaria de ir, a New Line Cinema Gala, dia 5 de outubro, em benefício da campanha da Film Society para a construção de um novo centro de cinema. A entrada, sugerida, está na faixa dos U$ 2.500, mas infelizmente não poderei comparecer. Nesse dia, vou rever Macunaíma.


3 comentários:

RPD disse...

Un passant: o Adrien Brody tem 36 anos.

CBarros disse...

Agora, fala a verdade, você se comportou ou tinha muita coisa para falar com esse montão de artistas?

denise disse...

Sei não, mas este apego às coisas materiais ainda vai te fazer mal. São 2500 cascalhos para a elevação do espírito, uai.